O feriado da Padroeira do Brasil e Dia das Crianças deve aquecer o turismo no Rio Grande do Norte. De acordo com um levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte (ABIH-RN), a ocupação média de hotéis para este período será de 84,27%.
Segundo o presidente da entidade, Abdon Gosson, os números mostram uma recuperação no turismo do RN.
“Nossos hotéis vão receber visitantes de todas as partes do mundo neste feriadão, isso é muito bom para a economia do estado. Os dados já começam a melhorar revelando que o nosso trabalho de divulgação e promoção do destino tem se mostrado eficaz”, pontuou.
Nas agências de viagens do Estado, a venda de pacotes ficou aquém do feriado de 12 de outubro do ano passado. De acordo com Diassis Holanda, conselheira da Associação Brasileira de Agências de Viagens do RN (Abav), os preços das passagens nacionais têm sido um empecilho para quem quer viajar pelo País. Além disso, o setor ainda não se recuperou totalmente dos efeitos da pandemia de covid-19, segundo ela.
“Destinos nacionais em feriadões hoje são muito difíceis de vender, porque as passagens estão muito caras e é preciso se planejar com bastante antecedência. Em ocasiões como essas, as pessoas preferem o interior do RN ou estados vizinhos. Não tem a busca por outros destinos, como a gente gostaria”, afirma.
Diassis Holanda, que também é diretora da Harabello Turismo, conta que a queda nas vendas foi de 20% para este feriado na agência, situação que reflete o cenário para o setor em todo o Estado. “O ano passado foi melhor, mesmo a gente saindo da pandemia. É interessante apontar que ainda não recuperamos o que nós tínhamos no pré-pandemia”, frisa. De acordo com ela, o número de feriadões também impacta em uma demanda menor, uma vez que os bilhetes aéreos estão mais caros. A expectativa é que o cenário seja mantido para os feriados até o final do ano.
Com isso, alguns destinos internacionais têm se destacado como objeto de desejo dos potiguares: Argentina, Chile, Panamá, Colômbia (Cartagena) e países europeus como Portugal e França (Paris), são os mais procurados. “A Argentina tem sido buscada por causa da inflação e o Panamá, que a gente pouco pensava até pouco tempo atrás, está sendo descoberto agora. Tivemos um grupo com 17 pessoas embarcando para lá. No Brasil, os destinos em alta são o Pantanal, Mariana (MG), Gramado (RS), Foz do Iguaçu (PR) e Balneário Camboriú (SC)”, diz.
TRIBUNA DO NORTE