preloader

Depois de encontrar um recém-nascido do sexo feminino em uma caixa de sapato em São José de Mipibu, o empresário Felipe Sampaio diz ter o desejo de ser pai da criança.

O bebê, que ganhou o nome de Vitória, ainda não tem previsão de alta e continua na UTI neonatal da Maternidade Divino Amor, em Parnamirim, recebendo os tratamentos necessários para garantir a sobrevivência.

Felipe contou que, ao encontrar o bebê, o levou imediatamente para a UPA Nova Esperança, também em Parnamirim. Um dos médicos que atendeu a criança disse que ela tinha nascido havia poucas horas, podendo não sobreviver caso não tivesse os cuidados necessários. Em seguida, a bebê foi levada para a Divino Amor.

Agora, o empresário tem procurado os órgãos públicos para iniciar o processo de adoção da criança. Para ele, é momento de cuidar do bebê e garantir que ele tenha uma família. Ele diz que todos os esforços que está fazendo é por amor e que, desde então, só consegue pensar no bebê. “Só penso nela. Não posso ser pai. Acredito que a pequena Vitória foi como um presente para mim”, completou Felipe.

O empresário afirma que espera que a Justiça entregue para ele a guarda do bebê Vitória. Ele pede apoio da população para comover os responsáveis pelos processos. “Espero que a Justiça veja com esses olhos. Peço o apoio de toda população, para que a comoção conte como um ponto”, concluiu.

No entanto, existe uma série de processos necessários para adotar uma criança, e que precisam ser respeitados. O coordenador do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude do Ministério Público, Sasha Alves, afirma que, neste momento, a adoção do bebê não é possível.

“De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, as crianças que foram abandonadas ou não procuradas pelos seus pais nas entidades de acolhimento de criança, depois de 30 dias devem ser encaminhadas para o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) para uma família adotiva que deve estar devidamente habilitada e cadastrada”, aponta Sasha.

No SNA, os candidatos à paternidade cadastrados passam por uma seleção, com apresentação de documentação, estudo psicossocial, participação e certificação no Curso para Pretendentes à Adoção. Depois de aptos a adotar, eles começam a compor uma fila de espera.

O coordenador conta que não é momento de discutir sobre a adoção da criança, mas somente depois dos 30 dias.

“O homem que encontrou o bebê teve essa atitude de proteção, mas ele não pode adotar porque, para isso, precisaria passar pela habilitação e o cadastro no Sistema e, uma vez entrando na fila, aguardar a vez dele para adotar”, completou.

AGORA RN

Share this content:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *