Câmara Aprova PL que garante moradia para jovens que vivem em instituições de acolhimento

PARNAMIRIM

Ter um lugar para chamar de lar é saber que, ao longo do dia, sempre haverá um espaço reservado para sua segurança e abrigo. Porém, não são todas as pessoas que possuem esse privilégio. Para alguns, as adversidades da vida tornam o sonho de ter uma residência uma ideia distante.

Essa é a realidade de alguns jovens de Parnamirim, que integram instituições de acolhimento. Quando completam 18 anos, não podem mais continuar nelas e, sem família, não há lugar para ir.

Por esse motivo, os vereadores Wolney França e Thiago Fernandes, em parceria, produziram o projeto de lei nº 101/2022, que dispõe sobre a reserva de vagas para os jovens egressos do sistema de acolhimento municipal na aquisição de imóveis oriundos dos programas habitacionais de Parnamirim. No documento, aprovado pela Câmara Municipal, garante-se também a mobília de itens essenciais, os quais serão indicados pela secretaria de assistência social ou pelo serviço de acolhimento que integre a gestão municipal.

O projeto informa que o percentual de jovens contemplados pelo programa não poderá ser superior a 10% do montante de famílias beneficiadas.

Os parlamentares justificaram que é dever do poder público proteger esses jovens que saem dos serviços de acolhimento. Como presidente da Câmara, o vereador Wolney França defendeu o projeto baseado na lei, já que desde 1948, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a moradia é um direito fundamental de todas as pessoas.

“Ter uma morada é um direito social concebido e garantido pela Constituição Federal de 88. Ao lado da alimentação, são imprescindíveis e uma das necessidades básicas do ser humano”, afirmou o vereador Wolney.

Coautor do PL, Thiago Fernandes relembrou que a ideia partiu após deliberações de audiências realizadas com a Promotoria de Justiça, SEMAS, Gabinete Civil, empresários e grupos de apoio à adoção.

“Quando os jovens saem das instituições após atingirem a maioridade, os que não formaram vínculos familiares enfrentam a falta de políticas públicas para serem inseridos na sociedade. Por essa razão, é tão importante o nosso projeto”, discorreu Thiago.

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