Donald Trump foi apontado como vencedor das eleições presidenciais dos Estados Unidos, segundo projeções desta quarta-feira (6) da Associated Press. Com essa vitória, o republicano retorna ao cargo, reforçando temas centrais que podem impactar as relações diplomáticas entre o Brasil e os EUA, como proteção à democracia, defesa ambiental, política em relação à China e posicionamentos sobre os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio. O cenário desperta expectativas sobre como será o relacionamento entre os dois países, especialmente diante de temas que têm sido prioritários para o governo brasileiro.
Para explorar as possíveis perspectivas, especialistas como Tanguy Baghdadi, professor de relações internacionais e fundador do podcast Petit Journal, e Hussein Kalout, cientista político e ex-secretário de Ações Estratégicas do governo de Michel Temer, analisam o histórico de Trump. Segundo Baghdadi, o ex-presidente tende a estabelecer uma política externa alinhada com líderes que aceitem sua liderança, independentemente de ideologias políticas. Esse perfil de atuação pode encontrar alguma sintonia com a postura do presidente Lula, que também tem demonstrado abertura ao diálogo com líderes de orientações políticas diversas.
Baghdadi aponta que, em um eventual diálogo entre Lula e Trump, a comunicação seria protocolar e os acordos existentes entre os países poderiam ser mantidos, resultando em uma “manutenção de um relacionamento bilateral respeitoso.” Contudo, ele prevê que o início do novo mandato de Trump possa ser marcado por uma relação de “desconfiança” e “frieza,” até que se estabeleça uma aproximação mais concreta entre os dois governos.