
A prefeitura de Parnamirim decidiu retirar o projeto que aumentaria o número de reuniões remuneradas por jetons após pressão do vereador Thiago Fernandes (PP). A proposta, enviada pela prefeita Professora Nilda, alterava a legislação atual – que limita a cinco reuniões mensais – para estabelecer um mínimo de cinco sessões, o que poderia elevar os gastos com esses pagamentos. O vereador em sessão apontou a contradição da gestão, que recentemente defendeu contenção de despesas devido a um suposto rombo nas contas públicas, mas agora buscava ampliar uma verba criticada no passado pela própria prefeita.
Thiago Fernandes lembrou que, quando era vereadora, a atual prefeita chamava o sistema de jetons de “farra” e questionava sua moralidade. “Antes era imoral, e agora é moral? Não podemos aceitar esse tipo de incoerência”, afirmou. O jeton é um mecanismo que remunera servidores públicos da prefeitura por participação em comissões, gerando custos extras para o município. O parlamentar argumentou que, em um momento de suposta crise financeira, a prioridade deveria ser o investimento em serviços essenciais, e não o aumento de gastos com benefícios políticos.
O recuo da prefeitura demonstra a falta de alinhamento entre o discurso de austeridade e as ações propostas. Enquanto a população enfrenta dificuldades em áreas como saúde e educação, a tentativa de ampliar os jetons revela uma gestão que parece repetir práticas antes condenadas por sua própria líder.