
Essa não é uma ofensa, é uma crítica construtiva que nasce da observação da realidade e do sentimento legítimo de quem vive em Parnamirim e espera mais de seus gestores. Apontar falhas, cobrar soluções e expor contrastes entre a propaganda e a vida real não é atacar, mas exercer cidadania. A intenção não é atacar, e sim despertar consciência para que os problemas sejam enfrentados com seriedade e responsabilidade — porque quem ama sua cidade quer vê-la avançar de verdade, não apenas nas redes sociais.
A atual gestão da Prefeitura de Parnamirim está prestes a completar 100 dias, mas os sinais de caos são impossíveis de ignorar. A cidade enfrenta sérios problemas que vão desde a falta de merenda escolar e fardamento não entregue, até denúncias de irregularidades e a recente mudança de secretários. Na saúde, a situação é crítica: a UPA está superlotada, na maternidade mortes de bebês ainda sem uma resposta. Enquanto isso, a comunicação oficial do município insiste em pintar um cenário de progresso e bem-estar que simplesmente não condiz com o que a população vive no dia a dia.
A prefeitura e a própria prefeita tem apostado pesado em redes sociais, criando uma espécie de “Alice no País das Maravilhas” versão Parnamirim, onde tudo parece funcionar perfeitamente — mas só no Instagram e no TikTok. A estética das postagens contrasta com o desespero das mães que não têm onde levar seus filhos doentes, com os alunos que não têm sequer uma refeição digna na escola e com o sentimento de abandono que toma conta da cidade.
É inaceitável que, diante de tantos problemas reais, a resposta da administração seja investir em publicidade fantasiosa. Governar é lidar com problemas concretos, e não criar enredos fictícios para redes sociais. A população de Parnamirim não quer likes ou reels bem produzidos — quer merenda, saúde, segurança, dignidade. Se o governo acredita estar vivendo num conto de fadas, talvez seja hora da “Alice” acordar. Porque para o povo, o sonho CONTINUA pesadelo.