
A greve dos auditores hospitalares e fiscais de vigilância sanitária do Rio Grande do Norte chegou na terceira semana nessa segunda-feira (7) sem previsão de encerramento. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Saúde do Estado (Sindsaúde/RN), já foram realizadas duas reuniões junto ao Governo, mas não ocorreram avanços. A categoria reivindica a recomposição da Gratificação de Estímulo à Auditoria e Fiscalização (Grafis), criada em 2001 e que nunca recebeu reajuste nesses 24 anos, e a reimplantação da Produtividade.
A coordenadora do Sindsaúde/RN, Rosália Fernandes, esclarece que a única alternativa apresentada pela Secretaria de Administração do Estado (Sead/RN) foi a de revisar a lei que retirou a Produtividade em janeiro deste ano, após os servidores encerrarem a greve. Dessa forma, o benefício voltaria a ser assegurado. A representante do Sindicato adverte, contudo, que não foram apresentadas quaisquer propostas para recompor o Grafis. A reunião com a Sead/RN, na presença do secretário Pedro Lopes, ocorreu no último dia 26 de março.
O Sindsaúde/RN ressalta que a greve afeta diretamente a prestação de serviços essenciais no Estado. É o caso, por exemplo, dos serviços de oncologia, hemodiálise e cardiologia que em breve serão impactados pela falta do pagamento dos procedimentos. “Isso porque o pagamento dos procedimentos aos serviços de saúde que prestam assistência suplementar ao SUS só acontecem após a auditoria hospitalar emitir o relatório final”, aponta o Sindsaúde/RN.
Aliado a isso, os auditores hospitalares auxiliam no processo de arrecadação do hospital ao identificar e corrigir falhas no faturamento, o que pode aumentar as receitas. “Assim como os auditores da fazenda, arrecadam recursos do estado”, destaca Rosália Fernandes.
A Tribuna do Norte entrou em contato com a Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap/RN) para saber se a pasta planeja uma nova proposta para a categoria, além da possibilidade de recomposição da Grafis, e aguarda retorno.
Tribuna do Norte