
A sessão desta quarta-feira (16) na Câmara Municipal de Parnamirim foi palco de uma reviravolta política que promete mudar os rumos da atual legislatura. Seis vereadores – Eurico da Japão, Michael Borges, Michael Diniz, Léo Lima, Rarika Bastos e Rodrigo Cruz (não era da base) – anunciaram oficialmente o rompimento com a base da prefeita Professora Nilda e a formação da chamada Bancada Pró-Parnamirim, um grupo independente que, segundo eles, busca maior autonomia e protagonismo no debate legislativo. A notícia foi recebida com surpresa e já causa forte repercussão nos bastidores do poder municipal.
Com a criação dessa nova frente, que se une aos vereadores já oposicionistas Thiago Fernandes, Jonas Godeiro e Gabriel César, a prefeita Nilda passa a contar com uma oposição de nove parlamentares – número expressivo que pode comprometer votações importantes. A nova correlação de forças no Legislativo fortalece o uso da obstrução parlamentar, instrumento regimental que pode paralisar as deliberações da Casa através de discursos extensos, adiamentos ou até mesmo ausência proposital do plenário.
Essa nova configuração representa um sério desafio à governabilidade da prefeita, que passa a depender ainda mais da habilidade política e articulação para conseguir apoio nas votações. Projetos estruturantes e de interesse da gestão, antes aprovados com certa tranquilidade, agora enfrentam um cenário de incertezas. A bancada independente promete analisar com rigor cada matéria, assumindo o papel de “filtro político” das decisões do Executivo.
Durante a sessão, o vereador Michael Borges, agora líder da bancada, destacou em discurso que o movimento visa “equilibrar as forças” e garantir que a Câmara atue de forma mais livre e comprometida com os interesses da população. Segundo ele, a intenção é contribuir com o desenvolvimento de Parnamirim, sem amarras partidárias. Em conversa com o Blog Politicando Parnamirim, outros vereadores que ainda integram a base da prefeita sinalizaram desconforto com a condução do governo e podem aderir ao novo bloco nos próximos dias, o que agravaria ainda mais a crise política enfrentada por Nilda.
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