
Parnamirim amanheceu neste domingo (27) em clima de tensão política após um desabafo da secretária de Serviços Urbanos, Carol Pires, nas redes sociais. A repercussão ocorreu depois que o ex-vereador Fernando Fernandes publicou um vídeo direcionado à prefeita Professora Nilda, afirmando que a gestão estaria “afundando” em razão da nomeação de quatro secretários: Carol Pires (SEMSUR), Fábio Falcão (SELIM), Rogério (SESAD) e Alexandre (SEMOP).
Interlocutores próximos à secretária Carol Pires relatam que os ataques do ex-vereador Fernando Fernandes têm causado desconforto, não pela crítica política em si, mas pelo tom pessoal adotado. Segundo eles, Fernando tem direcionado suas investidas de forma veemente contra Carol e também contra sua mãe, a vice-prefeita Kátia Pires, ultrapassando os limites do debate institucional e evidenciando motivações pessoais que tornam o embate ainda mais grave e desrespeitoso.
Em resposta pública, Carol Pires desabafou em seu comentário feito na postagem de Fernando: “Se a sua intenção é me desmotivar, lamento informar que estudo, trabalho e respeito são valores que me sustentam. […] Meu trabalho falará mais alto do que qualquer calúnia”. A secretária também acusou Fernando de reiteradas práticas de violência psicológica e difamação, afirmando que, mesmo em momentos pessoais, como viagens, teve sua vida exposta. Carol ainda questionou o legado deixado por Fernando durante sua passagem como secretário, mencionando a ausência de contribuições relevantes e sua falta de formação específica.
Apesar dos excessos apontados por interlocutores, é fato que Fernando Fernandes vem atuando como uma voz de oposição à atual gestão municipal, recebendo e divulgando denúncias relacionadas à administração. Sua atuação, embora legítima dentro do ambiente democrático, tem sido marcada por críticas constantes e por um tom combativo.
Embora a crítica política seja um instrumento legítimo da democracia, é necessário ressaltar que ataques pessoais, violência psicológica e tentativas de desestabilização ultrapassam os limites do debate saudável. A situação expõe a necessidade de respeito entre adversários e reforça que críticas devem ser direcionadas a ações e resultados de gestão, sem ferir a dignidade pessoal dos agentes públicos.