
Os trabalhadores da saúde de Parnamirim aprovaram, em Assembleia Unificada realizada na tarde desta segunda-feira (28), uma paralisação de 48 horas nos dias 7 e 8 de maio. A decisão ocorre em meio a um clima de insatisfação crescente da categoria, que aguarda os desdobramentos da reunião da Mesa SUS, agendada para o dia 08/05, com a participação de representantes sindicais, trabalhadores da base e membros da gestão municipal. A assembleia contou com a presença de representantes do Sindsaúde/RN, Sindern e Sinfarn.
A deliberação dos profissionais ocorreu após a apresentação de um estudo do Instituto Latino Americano de Estudos Socioeconômicos (ILAESE), que revelou perdas salariais acumuladas de 31,4% nos últimos seis anos, considerando a inflação do período e os reajustes concedidos. Segundo o pesquisador Guilherme Fonseca, a defasagem foi calculada a partir do INPC acumulado de maio de 2019 a março de 2025, descontando os 6% de reajuste concedidos em junho de 2023. A análise gerou forte reação da categoria, que também discutiu os baixos salários praticados atualmente e cobrou a urgente revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da saúde.
Outro ponto que gerou indignação entre os servidores foi o decreto municipal que suspende o pagamento de horas extras, plantões e gratificações. A categoria exige a imediata revogação da medida, considerada prejudicial à manutenção dos serviços essenciais e ao reconhecimento dos profissionais. Este tema será central na próxima reunião da Mesa SUS, e os trabalhadores já se organizam para fortalecer a mobilização nos dias de paralisação. “Se você é servidor da saúde e está descontente com essa realidade, junte-se à luta. A participação de todos é essencial”, reforçam as entidades.
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