
O cenário musical de Parnamirim perdeu um de seus nomes mais marcantes. O músico e compositor Almir Padilha, de 66 anos, foi encontrado morto em sua residência na noite desta segunda-feira. A informação foi confirmada por um amigo próximo, a notícia abalou amigos, familiares e admiradores da trajetória do artista, que dedicou sua vida à valorização da música nordestina e à poesia popular.
Nascido em 24 de julho de 1957, Almir se apaixonou pela música ainda na juventude e, aos 16 anos, partiu para o Rio de Janeiro em busca do sonho artístico. Na capital fluminense, travou contato com grandes nomes da música brasileira como Alceu Valença, Elba Ramalho e Djavan, chegando a ter uma composição incluída no disco “Desafio da Navalha”, produzido por Sérgio Cabral. Após duas décadas de atuação nas noites cariocas, Almir retornou ao RN, onde continuou compondo, venceu o Festival Canta Nordeste e lançou discos autorais como Gonzagueando e Chama da Paixão.
Apaixonado por sua terra natal, Almir Padilha fez de Parnamirim não apenas seu lar, mas também a base de sua inspiração e de seu legado artístico. De volta à cidade em 1993, ele acreditava no potencial cultural da região e sonhava em fortalecer a cena musical local. “O artista já podia estar em seu seio cultural”, dizia, orgulhoso por poder criar e viver onde seu coração sempre pertenceu. Sua morte deixa uma lacuna irreparável, mas sua história se eterniza na cultura e na alma de Parnamirim.
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