
Geraldina Domingos de França, de 55 anos, faleceu na manhã desta segunda-feira (12) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Esperança, em Parnamirim, após passar quatro dias internada sem conseguir a transferência para um leito de terapia intensiva (UTI). Segundo a família, o óbito foi confirmado às 6h40 e ocorreu em meio a uma luta por atendimento adequado diante do agravamento do quadro de saúde da paciente.
De acordo com Kalline Domingos, filha de Geraldina, a mãe deu entrada na UPA na última quarta-feira (7) com sintomas gripais. Inicialmente, os médicos consideraram alta, mas o estado de saúde piorou e a paciente foi internada. Desde então, permaneceu em um dos corredores da unidade. “Ela nunca saiu do corredor. Não tinha espaço nem para colocar o pé. Isso foi negligência”, denunciou Kalline. A família afirma que houve falha no sistema de regulação de leitos e que, mesmo havendo vaga, ela foi destinada a outra paciente.
A Prefeitura de Parnamirim, responsável pela gestão da UPA, afirmou que a paciente estava cadastrada no sistema Regula RN e recebeu toda a assistência necessária. No entanto, a transferência para um hospital com estrutura adequada não ocorreu a tempo. Já a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap), que coordena o sistema de regulação, ainda não se pronunciou sobre o caso, que gerou forte comoção e revolta entre familiares.
A Prefeitura de Parnamirim precisa tomar providências urgentes diante da recorrente exposição negativa das unidades de saúde do município, como a UPA de Nova Esperança e a Maternidade Divino Amor, que frequentemente aparecem na mídia por problemas graves de superlotação, falta de estrutura e demora no atendimento. Essas situações não apenas comprometem a imagem da gestão, mas, sobretudo, colocam em risco vidas humanas, exigindo ações concretas, investimentos e maior eficiência na gestão da saúde pública local.
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