Nesta quinta-feira (29), durante a 50º Sessão Ordinária, a Câmara Municipal de Parnamirim promoveu uma Tribuna Livre, para debater o tema “Mulheridades livres de violência no contexto da Lei Maria da Penha”, que teve como representante Valéria Felizardo, mãe da jovem Analia. O momento foi uma solicitação da DIVERSOMOS (Associação Norte Riograndense LGBTQIA+).
No plenário da Dr. Mário Medeiros estavam reunidos além dos vereadores, a secretária municipal das Mulheres e dos Direitos Humanos Khatia Palhano e a secretária da Mulher do município de Extremoz Sheila Freitas, para escutar o discurso da convidada.
“Venho à Casa do Povo com o coração dilacerado, em nome da memória da minha filha Márcia Anália e em nome de todas as mulheres que têm sido silenciadas e violentadas, muitas vezes sob o teto que deveria abrigá-las com amor”, discursou Valéria.
A representante usou sua fala na tribuna para pedir também aos vereadores presentes comprometimento, humanidade e ação efetiva, para que casos como o de sua filha não voltem a se repetir. “Cada um dos senhores aqui presentes têm o poder e o dever de legislar por quem não pode mais gritar por socorro. Peço que a história de Márcia (Anália) não se perca em ofícios”, disse a convidada em sua fala na tribuna.
A vereadora Rárika Bastos prestou solidariedade à convidada e afirmou o compromisso da Câmara no combate dessas violências. “É nesse momento que tanto esta casa legislativa, quanto o Executivo se levanta colocando em evidência essa mulheres que tem conhecimento de causa, para que a gente consiga atender, acolher, compreender e dar resolutividade”
Caso Anália
Márcia Anália Felizardo da Silva, de 23 anos de idade, foi encontrada morta em sua casa no dia 24 de abril de 2024. O seu ex-companheiro, Josué Viana, confessou o crime por não aceitar o fim do relacionamento. Anália foi morta de forma brutal e o crime comoveu toda a sociedade.
